Saiba mais sobre o impacto que os padrões de beleza atuais têm na vida de jovens e adultas.
Ao longo do tempo, na sociedade, muitos dos valores femininos foram colocados como inferiores pelo fato de as mulheres serem consideradas frágeis e emocionais — o que as desqualificavam para exercerem certas atividades, além de serem mães e cuidarem da casa.
Essa visão criou certos moldes, que fazem com que muitas mulheres se restrinjam às possibilidades de agirem de forma autêntica e as colocam em um ciclo de inadequação, em que se sentem cobradas a se adaptarem a caixinhas pré-moldadas.
A pressão estética é um exemplo das diversas imposições que as mulheres enfrentam diariamente e, no sexto encontro do projeto BeeWoman, foram discutidas as principais causas desse tipo de cobrança no mundo atual, além de medidas que podem ser tomadas para que questões como essa não deixem que a sua confiança seja afetada.
Confira a matéria abaixo e acompanhe um resumo do conteúdo discutido pelo grupo sobre o tema.
Mídias sociais e as relações das mulheres com a sua aparência
A pressão estética afeta mulheres desde a infância, fazendo com que elas passem a viver relações complexas com seus próprios corpos.
Na era digital, as redes sociais acabaram intensificando ainda mais essa relação, uma vez que facilitam a simulação da “vida perfeita”. Imagens são editadas, distanciando-se da vida real e é cada vez mais difícil ver pessoas sem filtros.
Por isso, é de extrema importância pensar de que forma tudo isso impacta na percepção das mulheres sobre elas mesmas e como elas podem estar cobrando de si mesmas a adaptação a um padrão inalcançável.
Na busca por atingir esse padrão, nota-se como a oportunidade de mudar o visual vem se tornando cada vez mais acessível: as cirurgias estéticas têm se popularizado e os filtros proporcionados pelas mídias sociais, como mencionado, vêm se tornando uma solução rápida de retoque, ou até mesmo de transformação total.
No Brasil, entre 2014 e 2019, houve um crescimento de 567% no mercado de estética brasileiro. Nesses 5 anos, o número de profissionais da área aumentou de 72 mil para mais de 480 mil!
Body shame
As jovens da faixa etária dos 14 anos para cima representam a parcela de usuários mais frequentes no Instagram e no Tik Tok e estudos apontam que essa imersão assídua nessas plataformas digitais tem sido uma das principais causas de doenças psicológicas na Geração Z.
O conteúdo dessas plataformas tem levado jovens na faixa de 15 e 25 anos a procurarem procedimentos estéticos irreversíveis por se sentirem envergonhadas dos próprios corpos e não se reconhecerem no que estão consumindo.
Em 2021, por exemplo, houve um aumento de quase 20% na procura pela cirurgia de bichectomia, em que se remove o tecido interno das bochechas para afinar o rosto.
Notamos, portanto, como há uma distorção da própria imagem, potencializada por filtros e efeitos das mídias, além de uma certa influência para que sejam realizados esses procedimentos.
Body positivity
Por outro lado, em contramão a quem acaba se submetendo a essas cobranças e padrões em relação ao próprio corpo, surgiu um movimento social focado na aceitação de todos os corpos: o “body positivity”, ou “positividade corporal”.
Autoestima, aceitação e conhecimento a respeito de seus próprios corpos são alguns dos assuntos presentes nesse movimento.
As mulheres que participam buscam usar sua voz para se posicionarem contra os padrões impossíveis de beleza e conquistaram seu espaço na mídia, empoderando e educando seus seguidores.
Como as colaboradoras da Bee Creative se sentem diante desse tipo de cobrança?
No dia 4 de maio, as mulheres da agência Bee Creative se reuniram para discutir sobre as cobranças do mundo feminino e, a partir das questões levantadas anteriormente, falou-se sobre a pressão estética.
Por ter sido uma temática muito pedida pelas colaboradoras, foram abordadas algumas questões, que levaram as meninas a compartilharem as suas percepções sobre o assunto. Veja:
- Como vocês acham que as mídias sociais as influenciam?
- Vocês se sentem pressionadas pelo que é imposto?
- O que vocês fazem para inibir a ideia do corpo ideal?
- Como vocês se sentem em relação ao corpo/aparência que têm? Vocês já sentiram vontade de mudar algo?
A partir das respostas, foi proposta a dinâmica do “espelho dentro da caixa”. O seu objetivo foi mostrar que quando é pedido que se observe as qualidades do outro, isso é feito com muita facilidade, mas quando é preciso olhar para si mesma, a situação é mais complicada!
Com isso, a metodologia aplicada foi a de usar uma caixa fechada, onde havia um espelho – algo que as colaboradoras não sabiam. A ideia, portanto, foi apontar para elas que haveria uma imagem dentro da caixa e elas deveriam descrever a característica mais marcante da personalidade e da aparência física de quem estivesse lá. Para a sua surpresa, quem estaria ali seriam elas.
Essa atividade exigiu que as meninas da agência olhassem para elas mesmas e fizessem elogios para si, o que ressaltou a importância do autocuidado e da consciência sobre a própria imagem para a autoconfiança.
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