No mundo empresarial, onde as pressões e expectativas são altas, encontrar o equilíbrio entre desenvolvimento profissional e vida pessoal pode ser um desafio. E, para as mulheres, esse desafio pode ser ainda maior, principalmente quando se trata de conciliar carreira e maternidade.
Esse foi o tema da primeira reunião do BeeWoman de 2024, que contou com a participação de Rúbia Boeno, que não só é Customer Service Manager na Lindsay Corporation, mas também é mãe solo.
Durante sua apresentação, Rubia contou que sempre quis trabalhar e ter sua independência. Começou sua carreira na John Deere, onde cresceu profissionalmente e, também, aprendeu sobre a importância da presença de mulheres e homens em todas as corporações.
Ela destaca que é fundamental reconhecer as diferenças entre os gêneros: a mulher é mais empática, carinhosa e ouvinte. Já o homem é direto e focado no resultado. Mas ambos são igualmente importantes no local de trabalho, porque alinham suas características com as necessidades da empresa, por isso é necessário que haja um equilíbrio entre eles.
Ainda assim, Rúbia nota que as mulheres ainda têm dificuldade de acreditar que podem alcançar um desenvolvimento profissional. “Muitas vezes ficamos inseguras, achamos que não somos boas o suficiente. Eu mesma já me senti, e ainda me sinto assim às vezes, mas nós precisamos enfrentar esses medos e ir atrás do que queremos. Por isso acho tão importante termos esse espaço para falar com outras mulheres sobre isso. Todas ficamos com medo, mas todas somos capazes.”
Mas, para a Rúbia, as mulheres também não podem apenas se apoiar em outras mulheres. Elas precisam se impor, serem resilientes, terem coragem e atitude, e não se silenciarem por medo de não serem ouvidas.
Foi assim que a Customer Service Manager enfrentou as vezes que precisou lidar com o machismo. Ela conta que já ouviu comentários sexistas diversas vezes ao longo de sua trajetória, tanto na vida pessoal quanto profissional, mas sempre prezou por manter a calma em situações assim.
“Acho importante entendermos que a imagem da mulher mudou muito em pouco tempo. 30 anos atrás era normal mulheres serem mães e donas de casa. Hoje muitas mulheres querem trabalhar fora, serem independentes. Por isso precisamos ter paciência com as pessoas que não acompanharam essa mudança. Precisamos ensinar os homens a não serem machistas, principalmente as gerações futuras.”
É isso que Rúbia tenta fazer com seu filho. Ao mostrar para ele que as mulheres têm opinião e podem fazer o que elas quiserem, ela espera contribuir para que a geração futura seja menos machista.
Apesar de ser mãe solo, a profissional conseguiu conciliar seu trabalho com a maternidade e acredita que as mulheres podem fazer as duas coisas se quiserem, só precisam de força e atitude. Ela destaca, contudo, que as mulheres podem escolher o que querem de suas vidas. “Se uma mulher quer ser mãe e não trabalhar, tudo bem. Temos que respeitar isso, assim como devemos respeitar quem quer trabalhar e não ser mãe.”
Para Rúbia, independentemente da vontade de cada mulher, o mais importante é que devemos promover uma cultura de respeito mútuo e igualdade de gênero, onde todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas, independentemente do sexo.